Ocupantes do cargo de presidente da Comissão Nacional da Advocacia Jovem serão, a partir da próxima gestão, escolhidos dentre os presidentes das comissões congêneres nas seccionais, por escolha do presidente da OAB Nacional. A proposição nesse sentido, aprovada ontem pelo Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil, está sendo considerada histórica por representantes da advocacia iniciante.
Atualmente, a presidência da Comissão Nacional da Advocacia Jovem se dá por indicação da diretoria nacional da Ordem dentre os conselheiros federais, sem que se observe o critério de enquadramento no início de carreira, que é o exercício profissional iniciado há menos de 5 anos. A mudança se dará pela alteração do Provimento nº 115/2007, que regulamenta as comissões permanentes da OAB Nacional.
“A comissão da advocacia iniciante é essencial para apoiar quem está começando na profissão. A OAB Paraná tem priorizado ações importantes na capacitação dos novos colegas e passará a ofertar, a partir desse mês, um curso exclusivamente voltado para os que estarão solicitando sua inscrição. Temos 45% de advogados com até 5 anos de profissão e essa decisão é um estímulo à participação dos iniciantes na gestão da OAB”, afirmou o presidente da OAB Paraná, Cássio Telles, que em novembro passado acompanhou a delegação paranaense no Encontro Nacional da Jovem Advocacia (ENJA), realizado no Rio de Janeiro (foto).
Voz própria
Wagner Maurício, presidente da Comissão da Advocacia Iniciante da OAB Paraná, considera a decisão histórica para a jovem advocacia brasileira. “A alteração do provimento para permitir que a Comissão Nacional da Jovem Advocacia seja presidida por um dos presidentes das Comissões Jovens das Seccionais permite mais um espaço de efetiva participação da jovem advocacia. A Conselheira Federal Daniela Teixeira teve a maior sensibilidade desde o início da gestão ao defender essa bandeira. Parabenizo a agora Amanda Magalhães, do Rio de Janeiro, e desejo uma excelente gestão à frente da Comissão Nacional da Jovem Advocacia”, afirmou ele.
O relator da matéria foi o conselheiro Helder José Freitas de Lima Ferreira (AP). “Trata-se de justo e merecido reconhecimento dirigido às jovens e aos jovens advogados brasileiros”, afirmou em seu voto. Para a presidente da Comissão Nacional da Advocacia Jovem da OAB, Daniela Teixeira, autora do requerimento,“os advogados jovens têm organização, autonomia, dedicação e devem falar pela própria voz”. “Não há outro caminho possível a não ser incluir a juventude na vida da Ordem”, disse o presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz.